quinta-feira, 10 de maio de 2012

lojas de aldeia

Como já referi noutra altura, eu não estou sempre na mesma loja.
Em lojas pequenas de aldeias torna-se uma seca porque passamos muito tempo a inventar que fazer, mas os clientes não têm nada a ver com os das cidades.
Não são tão prepotentes, agressivos e stressados. Têm uma humildade que até dói . Há clientes que tiram o chapéu quando entram na loja, com a cabeça cabisbaixa como na igreja. São educados e acatam as nossa directrizes. Não armam um pé de vento quando as coisas não podem ser como eles querem, passando-nos um atestado de burrice como se o nosso trabalho seja de auto-recriação e estamos a agir por capricho.
Enfim.... são uns amores. Não quer dizer que o cliente "tipo"  da aldeia não exista também na cidade e vice-versa. Mas por norma é assim que acontece.
Por isto tudo, agora que estou numa aldeia mão acontece muita coisa diferente no dia a dia, mas há sempre algo engraçado.

Hoje uma cliente foi pagar umas cobranças, e como de costume quando passa na loja fica sempre um bom bocado na conversa. Se for daqueles dias de absoluto tédio, eu até dou conversa para o relógio passa mais depressa.
Esta cliente, depois de estar a falar comigo quase uma hora diz-me.
"Bem tenho de ir embora, porque se estou mais de dez minutos em pé as minha pernas paralisam-se e depois não consigo andar".           

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