terça-feira, 27 de março de 2012

cliente coerente

Hoje atendi um cliente na hora do almoço que trazia seis cartas para registar, e uma encomenda para o estrangeiro.
Depois de me entregar tudo e dizer o que queria, eu entreguei-lhe os respectivos impressos  para os serviços pedidos.
 Quando eu lhe digo que se deve desviar um pouco para poder continuar a atender, o cliente fica um tanto nervoso e exalta-se um bocado e diz-me;
- Eu estou na minha hora de almoço não é! Tenho de preencher isto tudo e agora quer atender outras pessoas no meu lugar!
-E o que deseja o sr?
O cliente continuava a insistir:
Estou na minha hora de almoço, tenho de me despachar.
Mas quando eu disse ou cliente:
Mas eu não lhe posso preencher os papeis nem ficar à espera que tenha tudo tratado para eu começar a trabalhar, isso só vai fazer com que as outras pessoas que estão na fila, também na sua hora de almoço como o sr, se atrasem mais!

Foi então que o cliente ao contrário do costume  me pediu desculpa e deu razão. Mesmo depois de ser atendido me pediu desculpa pelo seu comportamento inicial.
Claro que mediante a educação do cliente, comecei a atende-lo antes de ele ter terminado os seus papeis.
Como o escritor Paulo Balreira Guerra diz e muito sabiamente

quinta-feira, 22 de março de 2012

gravador

As vezes que eu por dia digo a frase:
Assine-me aqui como tem no seu bilhete de identidade e mostre-me o seu bilhete de identidade.
Devia de arranjar um gravador.
Ou melhor, nas lojas, no placar electrónico de senhas ,no meio da publicidade, ou em vez daquela campainha irritante, deveria aparecer esta informação.Como quando se liga para alguns call center, que vão logo avisando que tem de se ter o numero de cliente à mão ou a factura, para não se perder tempo. Assim, talvez as pessoas se lembrassem de o fazer atempadamente, em vez de ser no momento de ser atendido. Os tempos de espera diminuiriam significativamente.

dona ou menina

Uma jovem vem ao meu balcão para levantar uma carta registada, entrega-me o aviso de entrega e eu lendo-o pergunto: é a Dona Cristina?
Logo a jovem responde-me: Dona não, menina! Sou menina está bem?
Com o seu cartão único na vão verifico que a jovem tem 28 anos.
Eu questiono-me! As mulheres solteiras eram tituladas de meninas porque se deduzia que eram virgens, depois de casadas passavam a estatuto de donas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



terça-feira, 13 de março de 2012

calma......muita calma

Hoje, chegou uma senhora ao meu balcão, (casa cheia para variar) e entregou-me um envelope grande para enviar para o Brasil. Depois de lhe dizer o preço (mais ou menos 10€) procurou numa carteirinha todos os trocos que tinha. Ao fim de algum tempo e muita contagem arranjou o dinheiro que lhe pedi.
Logo de seguida entrega-me outro idêntico mas mais pequeno. Todo o ritual foi repetido entrando em cena outra carteirinha.
Depois do pagamento deste segundo envelope de novo um terceiro em cima do balcão.
Escusado será dizer que o ritual se repetiu desta vez procurando trocos no fundo da mala, mas lá me arranjou o pedido.
Já eu contava até 100 para não perder a calma (sim porque só até 10 não chegava), não é que sai ainda um quarto envelope!
Não me contive e tive de perguntar: mas estão a nascer envelopes? Quantos mais tem?
Não sei se para minha sorte ou meu azar, era o ultimo, mas o ritual foi igual, conseguindo desencantar trocos nos bolsos das calças.
Resumindo: o que poderia ter sido feito em menos de cinco minutos demorou mais de vinte.
  

segunda-feira, 12 de março de 2012

arranje-me só um envelope para eu ir escrevendo.

Cliente dirige-se a um balcão e pede:
"Pode arranjar-me um envelope que eu vou escrevendo para adiantar serviço?"
Atendedor:
"Tem de aguardar a sua vez por favor"

Ó Diabo!!!!! O que lhe foram dizer!!!!
Claro que o atendedor é logo enxovalhado passando a antipático no mínimo.

Eu pergunto:
Porque é que os clientes não respeitam as informações que lhes dão?
Não acham que se as normas existem por alguma razão é?

Quantas vezes o cliente leva o tal envelope, "só para adiantar" e depois o envio faz-se  noutro balcão, "como quem não quer a coisa", e mais uma vez, o atendedor simpático que lhe disponibilizou o dito envelope, tem de entrar do seu bolso com o valor que alguém usufruiu mas não se deu ao trabalho de dizer a outro atendedor alheio ao que se passou anteriormente, que tinha de o pagar.

Pois é! se fosse este cliente que tivesse sempre a pagar material para os outros, de certeza que também deixava de ser otário 

segunda-feira, 5 de março de 2012

pragas

Uma cigana dirigiu-se a um colega meu e pediu-lhe para preencher o impresso de transferência de dinheiros. Depois de o meu colega se ter recusado, veio ao meu balcão com o mesmo pedido.
Recusei dizendo que não podemos preencher documentos mas para pedir a alguém que se encontrava na sala.
É então que  que a mulher se vira para nós e diz.


Deus é pai e vai-vos castigar.
Vão ter um acidente e ficar todos aos pedacinhos.