terça-feira, 31 de janeiro de 2012

impressos, informações

Detesto quando estou a atender um cliente e sou interrompida por outro cliente sem um pingo de educação, pedindo informações ou impressos. 
Sei que não necessita de estar à espera para isso, mas um pouco de educação nunca fez mal algum! Pode solicitar a minha atenção no intervalo entre clientes!
Hás vezes, estamos a contar uma quantia razoável de dinheiro (pagamentos ou recebimentos) e nem assim as pessoas evitam interromper seja para o que for!








sábado, 28 de janeiro de 2012

o reverso

Não posso só contar as coisas más que acontecem, porque também as há com finais felizes.
Uma vez ao fazer a minha caixa no final do dia, verifiquei um excesso de 200€.
Depois de uma luta árdua  consegui saber quem era a pessoa lesada. A sra não tinha telefone e foi através de um colega que consegui enviar o recado e numero de telefone para me contactar. Ao fim de uma semana ja eu me estava a preparar para entregar o dinheiro à empresa quando recebo o telefonema dela.

-A senhora contou o dinheiro que levou.
-Ó menina, eu não entendo nada deste dinheiro! (em geral as pessoas de mais idade recebem em euros mas contam sempre contos)
-Olhe, a senhora recebeu menos duzentos euros.
- E isso é quanto em contos?
-Minha senhora, não sei, não fiz as contas, mas a senhora ainda não deu por falta?
- Sabe eu quando cheguei  casa, escondi logo o dinheiro e ainda não tive coragem de contar, porque eu vim com a sensação que havia alguma coisa errada.
- Então por favor venha cá ter comigo que eu tenho o seu dinheiro.

A senhora voltou à loja três dias depois e levou-me uma dúzia de ovos caseiros.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Esta juventude!!!!!!!!!!!!

O mais caricato de tudo é que pessoas com uma certa idade que mal sabem ler e escrever, lêem as instruções nos impressos, tentam estar informadas minimamente dos assuntos que querem tratar, e acima  de tudo, PENSAM,  RACIOCINAM, enquanto que os jovens apenas lêem os sms e as postagens no facebook .
Alguns exemplos:

Cliente: queria enviar estas duas cartas para França.
Atendedor: 1.36€ por favor.
Cliente: tenho de pagar !!!!!!!!

Cliente entra com uma bicicleta nas mãos
- Queria enviar isto por favor.
-Tem de embrulhar a bicicleta e endereçá-la por favor.
-Mas como é que faço isso?
-Tente por exemplo aquele plástico com bolhinhas que se vende nas lojas de bricolage.E tem de colar uma etiqueta ou papel com os endereços do destinatário e remetente.
-Que chatice, além de perder tempo não tenho dinheiro para a embrulhar!  

-Queria enviar este fax.
-Tem de me preencher este impresso com nome do remetente e nome e numero de fax do destinatário.
-Não sei o numero no fax! É preciso?




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

erros de caixa


Todas as pessoas que trabalham com dinheiro, mais tarde ou mais cedo têm um erros de contas, e quando alguém me diz eu nunca tive eu afirmo logo “não acredito”.
Nós, quando isso acontece, tentamos sempre descobrir onde e com quem foi o erro, e entramos em contacto com os lesados ou beneficiados.
Normalmente, isto acontece com idosos que nem sabem ao certo contar euros e não dão por nada, levem dinheiro a mais ou a menos.
Quando os contactamos ficam muito aflitos a mostrar-nos o dinheiro que ainda têm em seu poder e justificando a falta de algum.
Realmente são pessoas muito humildes que quando acontece levar dinheiro a menos, ou não dão por nada, ou nem têm coragem para ir no dia seguinte reclamar, e se levarem a mais acontece o mesmo. Somos sempre nós a procurar a pessoa mesmo que tenham levado só metade da reforma
O que me deixa bastante triste, são pessoas cheias de esperteza, que no acto percebem que lhes estamos a dar dinheiro a mais e não dizem nada, porque se for ao contrário dizem logo, e sempre com um tom de que nós estávamos a fazer de propósito.
Com essas pessoas nem adiantam ir pedir, pois, se nos custa muito quando temos um erro de caixa e não damos com o gato, mais custa ainda, quando sabemos onde foi e a pessoa também sabe e não nos dá.

Há uns tempos uma pessoa que devia de levar 200€ levou 400€ e quando no final do dia a confrontei com a situação deu-me a seguinte resposta:
“Não sei! Tenho um baú para onde ponho o dinheiro todo, já juntei tudo, agora não sei. Se me provar eu dou-lhe o dinheiro assim não.”

Mais grave ainda, outra situação em que levou 100€ a mais.
“ Se não viu, visse na altura, agora é tarde. É assim, umas vezes perdemos nós outras vós.”

Será que estas pessoas não pensam que esse dinheiro nos faz falta e isso também é uma forma de roubo? 

domingo, 15 de janeiro de 2012

blá blá blá blá


Depois de atender um cliente, este começa a falar da crise, começa a explicar a situação em que o país se encontra, e remonta desde a primeira guerra mundial.
Ele falou das guerras, da ditadura, dos políticos pós 25 de Abril e dos de agora, dos nossos gestores….etc.etc.e tal.
Eu a ver o tempo a passar, os outros clientes quase que me fuzilavam com os olhos e o senhor continuava.
Comecei a tentar enviar recados aos meus colegas para me salvarem, e nada.
Até que por fim, depois de mais de meia hora, um colega se apercebeu da situação e chamou-me ao telefone.
Como não estou sempre na mesma loja, não conhecia este cliente, mas os meus colegas todos o conheciam, e pelos vistos é sempre assim cada vez que cá vem.
Penso ser daquelas pessoas que devem se sentir muito sozinhas e aproveitam qualquer coisa para conversar. Nós apanhamos muitos clientes destes, mas este em particular era demais.




quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

não é anedota!

A cliente chama-se Maria Joaquina Victória Magalhães Teodoro da Silva Espírito Santo Bettencourt (nome fictício, é claro).
Assina no bilhete de identidade o nome completo, quando se lhe pede a assinatura escreve primeiro e ultimo nome.
Atendedor:
-"a assinatura é como faz no BI"
-"mas é tão grande!"
-"Então faz mais pequeno no BI, assim já não necessita escrever tanto quando lhe pedem a assinatura."
-"Não posso! Sou de sangue azul!


 


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

dá sempre jeito

Pois é! Dá sempre jeito ter alguém na família com um grau de deficiência seja ele qual for.
Sei que muitas pessoas não concordam comigo, mas também sei que por norma quem atende público é da mesma opinião que eu.
Nas nossas lojas, até mais ou menos um ano, não havia prioridades para ninguém. Apesar disso não acontecer, nós tínhamos um certo cuidado quando víamos que alguém com dificuldade necessitava de uma atenção especial.
Claro que nessa altura não havia "nem pouco mais ou menos" as pessoas com deficiências que há agora todos os dias,  a tratar de assuntos que não são delas, e muitas vezes vêm acompanhadas(o que quer dizer que esse acompanhante poderia tratar de tudo).
Agora eu pergunto:
Quem é mais deficiente, o próprio doente, ou o familiar que o explora só para tomar vantagem em relação aos outros?

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

os atacadores

As crianças têm sempre umas saídas engraçadas.
Hoje uma cliente foi levantar uma encomenda com um volume considerável. Levava com ela a filha que aparentava mais ou menos 4, anos e que insistia com a mãe para ser ela a levar a dita encomenda para casa.
Perante o meu conselho de que seria melhor deixar a mãe levar pois ela é pequena e pode cair, a mesma respondeu-me prontamente:
"Não! Porque eu hoje não trago sapatos com atacadores!"






  







quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

está na minha vez

Cliente chega ao meu balcão barafustando muito que já está cansada de esperar. Depois de lhe entregar os impressos respectivos para o serviço pretendido, peço-lhe o favor de os preencher ao lado para eu atender outro/os cliente/es enquanto ela escreve.
Resposta: "agora estou na minha vez, enquanto eu não acabar não atende mais ninguém".
Levou quase 15 minutos, a minha colega do lado atendeu entretanto 3 clientes


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

eu e os outros, os outros e eu

Antes de mais quero desejar um óptimo ano para todos.

Uma situação que o blog da lupa me foi útil, foi quando ela se referiu ao facto de as pessoas deixarem os carrinhos na caixa e fazerem o resto das compras.
Devo confessar que já me aconteceu quando vejo algo no carrinho da cliente da frente, me lembrar de algo que esqueci, e vou busca.
A partir de então não mais o fiz, pois não quero ser comparada aos “chicos espertos”  que o fazem por opção.
Mas deu para eu ver que nem sempre as pessoas o fazem com consciência daquilo que estão a fazer.
Isto também se aplica aos clientes que eu atendo. Apesar de algumas pessoas pensarem sempre que são mais espertas que as outras, também há as que o fazem sem qualquer intensão.
A partir de então tento não meter tudo no mesmo saco.