sexta-feira, 30 de novembro de 2012

apadrinhe uma carta

Como funciona

O Pai Natal Solidário dos CTT insere-se no espírito da Campanha de Luta Contra a Pobreza e
Exclusão Social, que os Correios lançaram há quase quatro anos, com o envolvimento de várias
instituições, e que permitiu já ajudar milhares de pessoas.
Esta iniciativa envolve neste momento cerca de 66 instituições de solidariedade social, que
acompanham crianças em risco de emergência social e que os Correios de Portugal contactaram
para que as crianças ao seu cuidado, até 10 anos, escrevessem cartas ao Pai Natal.
Qualquer pessoa pode “apadrinhar”, de forma totalmente anónima, o desejo de uma ou mais
crianças, contribuindo para tornar um sonho realidade. São os desejos escritos, desenhados
ou colados nessas cartas que os portugueses poderão apadrinhar.
Para apadrinhar o desejo de uma criança basta selecionar uma carta, efetuar o registo para
obter o código único da carta selecionada. Depois, no prazo de 3 dias úteis, só tem de se
preocupar em satisfazer o desejo da carta escolhida por si e entregar o seu presente em
qualquer Estação de Correio, informando aí o código da carta que lhe foi facultado. Os Correios
tratarão de oferecer a embalagem e o envio dos presentes.
Cada uma das cartas está assinalada com uma de três cores (verde, rosa ou amarelo) que
identifica o estado de cada uma das cartas. A verde, estão assinaladas as cartas livres para
serem apadrinhadas; a rosa as cartas que já foram apadrinhadas; e, finalmente, a amarelo as
cartas em espera, ou seja, que aguardam a entrega do presente nos correios.
Cada pessoa só poderá apadrinhar o máximo de duas cartas. Se o presente não for entregue
durante os 3 dias úteis após ser feito o registo, a carta ficará novamente disponível para dar
oportunidade a outra pessoa de a poder apadrinhar e a criança não ficar sem o presente.
Por razões de proteção das crianças, os envios são anónimos e os dados das crianças só serão
conhecidos dos CTT, que garantem a entrega.
Haverá igualmente cartas disponíveis no Facebook em https://www.facebook.com/opainatal
e em cerca de 70 Estações de Correio, veja a lista aqui.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ai a crise.......................

Não sei se tem a ver com a crise ou não, mas o certo é que assisti hoje a uma cena que me impressionou  e não podia de deixar de partilhar convosco.

Uma senhora foi levantar uma carta registada.
Até aqui tudo normal, "A sua assinatura se faz favor, e mostre-me a sua identificação"....etc., etc., e tal.
O remetente da carta era as finanças.
Depois de entregar a carta à destinatária, esta olha para a carta durante algum tempo, parecendo hipnotizada  e não sai do balcão.
Parecia que estava a ver algo terrível.
É então que a sra cai em si, "acorda", pede-me desculpa e sai.
Senta-se no banco no fundo da loja com a carta no colo, reza e só depois a abre.
De seguida levanta-se e sai.

Só quem viu a cara desta cliente como eu, consegue perceber que a pessoa estava com bastante receio de abrir esta carta para não dizer, pavor. Eu imaginei alguém com dificuldades na vida com receio de receber mais uma má noticia.
Mas sei que aquela cena não me vai sair da cabeça, a dor nos seus olhos. Pelo menos no resto dos anos de trabalho que me restam.



segunda-feira, 19 de novembro de 2012

criado para todo o serviço.

Uma vez, estava eu no Continente a ajudar a pôr as compras nos sacos, enquanto o operador de caixa registava outras, quanto o rapaz, por ter reparado que eu sempre o fazia., me disse algo, sobre o assunto, que já não me lembro bem.
Respondi-lhe que também atendia publico e das coisas que mais me irritava era as pessoas pensarem que nós somos criados.
 É então que ele me responde que o problema é deste país, que ele já teve a oportunidade de trabalhar noutros países e as pessoas não se comportam assim.
Eu nunca saí de Portugal, (apesar do nosso governo querer fazer o povo pensar o contrário, nós não ganhamos muito) mas o que eu sei é que neste país, quem está do outro lado da barricada, pensa sempre que nós somos panos de limpar o chão.
Na minha profissão, vejo constantemente a porem as coisas em cima do balcão e dizer, "quero enviar isto para...." e esperar que nós o façamos, embalar, escrever, selar, etc..
Mas o mais caricato foi quando no verão se trocava as caricas anilhas e tampas  da coca-cola por cromos da bola.
Chegou uma senhora me entregou um saco cheio de garrafas e latas e disse "quero trocar isto por cromos".
Depois de eu dizer que só queria as tampas, caricas e anilhas ela respondeu-me.
É que eu não tenho destreza nas mãos.

Depois eu perguntei-me: mas afinal quem abriu e bebeu o líquido? E porque tapou de novo não tirou logo as ditas?

É que é tão bom termos criados!!!!!!! Se forem de borla melhor ainda.
Que pena que a escravatura tenha sido abolida!!
Só que esta gente esquece que se assim fosse, o mais provável seria eles não serem os mandantes mas sim os mandados

terça-feira, 13 de novembro de 2012

a saga das assinaturas

"A sua assinatura por favor."

Depois de verificar o cartão de cidadão, adverti a cliente que a sua assinatura era só um rabisco, esta tinha escrito o nome todo no documento.

Resposta da cliente:

Não!!!!!!
Esta é a minha assinatura! No cartão de cidadão só fiz a rubricas porque o espaço é pequeno.


irrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

eles é que sabem!!!!!!

Todos os dias parecem reformados para receber a sua pensão e entregam-nos  os vales ainda por assinar.
Quando se lhe diz para já terem assinado quando se dirigem ao balcão para reduzir os tempos de espera nestes dias, a resposta é sempre a mesma.
Não posso, posso  perde-lo ou roubarem-mo.

E tal como pergunto tantas vezes, faço-o aqui também.
 Mas tem medo de ser roubado ou perder um papel que se não tiver o bilhete de identidade junto, não se consegue levantar, mas não tem medo de perder ou ser roubado com o dinheiro vivo no bolso!!!!

A resposta é sempre a mesma:
É diferente! O dinheiro eu acautelo.

Será que esta "rapaziada" não entende que os amigos do alheio querem é dinheiro não papelinhos assinados!!!!




quinta-feira, 18 de outubro de 2012

velhinho engatatão

Olá para quem tem  pachorra de vir a este cantinho. Eu não tenho vindo porque primeiro foram o periodo de férias em que temos de trabalhar por 3, seguidamente uma pequena cirurgia atirou-me para o repouso durante quase dois meses. Mas de volta às lides tive um cliente que lhe achei um piadão.

Já com os seus 70as e poucos anos apresentou-me o bilhete de identidade e disse-me:
- É a ultima vez que lhe apresento este cartão, tive de tirar o cartão de cidadão!
Levei uma foto que tinha tirado já à alguns anos e cheguei lá não aceitaram. Eu nem a barba tinha feito!!!
Mas também,  quando chegar, digo que o perdi e vou tirar outro. Não me importo de pagar outra vez, mas hei-de ir ao cabeleireiro, e ate pedir para me pintarem de maneira  a ficar apresentável. Isso é que era bom! Agora andar com aquela foto!

Depois apresenta-me uma conta de telefone para pagar e diz:
-Também tenho de ter tino na conta de telefone vou pagar uma fortuna.
Depois de a verificar eu respondo:
-Mas tem aqui 50€ de ligações para telemóveis!
A resposta foi:
- Pois.....sabe....foi umas senhoras que foram para o norte, e eu para falar com elas tinha de falar para o telemóvel ! E depois demorava muito tempo nas conversas!!
Se calhar tenho de comprar um telemóvel!
Já posso falar à vontade, pois tenho muitas amigas que gostam muito de conversar.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

final de férias

Pois é, desta vez foi o fim, acabaram-se por este ano. Para a semana espero estar de volta, ou não!
Com um bocado de sorte não vão acontecer episódios caricatos para contar.
Ou azar quem sabe!
Apesar de caricatos podem ser divertidos. Pena que sejam a em cada 1000 (claro que estou a exagerar, mas é quase.)
Até breve.  

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

será que os atendedores são todos tontos?

Cliente dirige-se ao balcão com um aviso para ir buscar a nova carta de condução que mandou fazer.
Quando se lhe diz que tem de entregar a carta velha a resposta é que não a tem.
Nós contrapomos, "é obrigatório, não lhe posso entregar a velha sem a nova".
é a vez do cliente argumentar que lhe ficaram com ela, ou a perderam, etc. etc..
Depois de (muitas vezes) uma discussão sem sucesso  o cliente verifica melhor e até tem a carta na carteira.
Outras vezes sai e volta mais tarde com a dita.

Outra situação comum é a de ir buscar uma carta que não é para o próprio e não trazem a identificação nem a assinatura do destinatário. A primeira resposta que nos dão é que este não se encontra perto, por vezes até está no estrangeiro!
O mais engraçado da cena e que a maioria das vezes, em menos de uma hora a pessoa em questão voltou de muito longe, assinou o aviso e entregou a sua identificação!

Todos os dias alguém se dirige aos nossos balcões a pensar que nós somos todos tontinhos e  ingénuos, que acreditamos na primeira coisa que lhes vem à cabeça.

Muitas das vezes nós fechamos os olho e fingimos que não percebemos muita coisa, mas outras como as que relatei, dá vontade de bater tanto!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!




terça-feira, 24 de julho de 2012

avisados

Nem todas as lojas têm centro de distribuição associado. Aqui na zona funciona assim (penso que no resto do pais também) excepto cidades grandes: A cidade pode ter uma ou mais lojas, mas só uma tem a distribuição. O carteiros levam para a rua o correio e de volta têm de dar contas daquilo que entregaram e o que deixaram aviso para o cliente ir buscar à loja. Tem que bater tudo certo para não se perder ou extraviar objectos.
Claro que todo este processo demora o seu tempo.
O que acontece é que o correio avisado só seguirá no dia seguinte pela manhã para as outras lojas e uma carrinha leva o trabalho de várias, ou seja pode não ser logo ás 9h pois o carteiro não é omnipresente.


Mas é com frequência, ( n) vezes por semana, para não dizer dias, que o cliente diz “ diz aqui só amanhã! Mas é urgente não ma pode dar?”
Depois de o atendedor referir que o correio só chega no dia seguinte é a vez do cliente contra-atacar “ Mas ainda outro dia me deram uma no mesmo dia!”
É mesmo de ficar com os cabelos em pé

 Nós sabemos bem que é impossível, mas o cliente se for dos que apenas tentou jogar a sorte, cala-se e volta no outro dia, se for daqueles que são os “sabe tudo e os atendedores são uns ignorantes” é motivo para uma cena das tais,( que gostaria de já estar habituada mas nunca estou), onde por vezes até dá direito a livro de reclamações (principalmente quando pedem para falar com o “chefe da estação” e é o próprio que está a atender.

Sim! porque até se pode chamar a empregada da limpeza e dizer que é a responsável, se forem duas pessoas (e uma supostamente ser graduada em relação à primeira) já é mais convincente.



quarta-feira, 18 de julho de 2012

complicados

Fico sempre um pouco impaciente quando tenho à minha frente alguém que me vai dando as coisas aos bocados, tipo: um vale (faz-se o pagamento) outro vale (mais um pagamento, mais troco a desaparecerem), agora carregar o telemóvel (receber dinheiro) ainda tenho uma cobrança (tirar do envelope, de seguida o dinheiro, troco para dentro do envelope mais a factura) afinal havia outra (repetição da cena) estou mesmo a tocar no botão para chamar alguém mas sou confrontada com mais alguma coisa....................
IRRRRRA!!!!! Alem dos meus trocos irem todos num ápice, é o tempo que demora que podia ser tudo feito em metade.


Mas hoje alguém passou dos limites. Até posso compreender que não queiram misturar tudo porque não são capazes de fazer contas (com dificuldade mas posso compreender), agora ter várias cartas registadas para levantar de pessoas diferentes, e fazer-me levantar várias vezes "porque não quer misturar pois são coisas diferentes"!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!É o cumulo!
Mas depois possivelmente....." há! e tal..... evito ir aos correios porque as filas são muito grandes."

terça-feira, 17 de julho de 2012

scuts

Será que os cliente pensam que nós estamos de acordo, ou melhor fomos nos que inventou estes meios de pagamento das scuts?!
É que não há praticamente dia nenhum que um colega ou outro tenha de ouvir desaforos por causa do meio de pagamento não ser o mais correcto.
Tipo:
-Pensam que nós não temos mais nada que fazer que é passar este tempo todo na fila cada vez que passamos numa scut.
- Só cinco dias, se nós nos esquecemos depois temos de pagar mais!
-Quer dizer!...temos que pagar! somos obrigados a vir para o correio porque não há mais nada! e ainda por cima nos cobrem tachas administrativas!

Isto são os mais frequentes, mas ouvimos de tudo.
Outro dia alguém me disse:
- tenho se andar 40 km só para vir pagar uma portagem.
Ao que eu respondi que não é necessário ser pago só no correios, as lojas payshop também fazem essas cobranças.
O cliente responde-me que era a loja mais perto de sua casa.
??????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????????

Ainda mais..........quando lhe damos a solução de comprar uma via verde, acham sempre que vão ser enganados porque têm de comprar um aparelho para poder passar nas filas, sem perder tempo, tantos nas portagens como para pagar.

Vá lá ser-se sacristão nesta freguesia!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Começa os cromos

Isto depois de féria parece que não apetece nada. Até começar a rotina!!!!!!!!Nem ao blog me apetece vir, apesar de haver já cenas dignas de registo.
É que a primeira semana caaannnssssaaaaa..........

Mas hoje algo tão surrealista me fez partilhar convosco.

Os telefones passam a vida a tocar, quando atendemos temos do outro lado as conversas e perguntas mais disparatadas de gente que   não faz a mínima ideia do que é trabalhar ou então pensa que só existe ele/a no mundo e todas as atenções têm de estar viradas para si.

Hoje quando um colega atende o telefone ouve do outro lado esta conversa:


-Olhe! por sua culpa, que não me atendia o telefone, estou a transgredir as regras do transito,pois encontro-me parado num auto-estrada.
Agora vou desligar, não saia daí do pé do telefone, pois eu vou sair na próxima saída e ligar-lhe.
 

segunda-feira, 2 de julho de 2012

desabafo

Olá, voltei depois de umas merecidas férias.( Pena que subsidio de férias recebido, deu para dar a volta ao mundo e arredores.)
Mas deu para vir com os nervos no lugar (pelo menos por enquanto).

Gostava tanto que houvesse uns comprimidinhos  de paciência e bom humor!
Sempre podia tomar um quando um cliente nos põe em estado de ebulição.
Sim! porque em geral, mesmo sem sós querermos quem depois leva connosco não é o cliente que nos irritou, mas sim os que vêm a seguir.


Tenho mais 15 anos pela frente até me poder reformar. Isto se até lá não aumentarem a idade da reforma, ou se os não estoirarem os fundos e tenhamos que trabalhar até cair para o lado.
Muitas vezes peço a Deus para me dar a paciência necessária para as minhas funções, mas não é fácil.
Depois de mais de trinta anos a atender publico, e a levar "porrada" constantemente, tenho a perfeita consciência que não tenho nem metade da paciência que tinha aos dezoito anos quando comecei.
Tenho pena, e sinceramente detesto constatar isto,  mas são muitos anos a ser saco de pancada.
Tento muitas vezes acalmar e respirar fundo, pensar "Maria, esquece, pensa positivo, sorri, acalma-te e continua".
 O que nos conforta é que não são poucas as vezes que encontra-mos clientes na rua que nos dizem coisas do género:
- "naquele dia......aquela situação" (muitas vezes nós já nem nos lembramos, tal é as vezes que as          situações se repetem)
- "eu até tive de sair que não podia estar a ouvir"
- "até cheguei a casa/trabalho e contei a...... ."
- "não sei como vocês aguentam"
Isso faz-nos pensar que talvez até temos muita coragem e paciência e numa outra vida merecemos o céu.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

taras

Temos um cliente que adora ser o ultimo. Mesmo quando não tira a ultima senha dá-se ao luxo de ir sempre dando a sua senha a quem entra e tira outra para ele.
Claro está, que é sempre atendido muito fora de horas, pois quando a loja fecha encontra-se sempre cheia (ou não seja uma loja portuguesa pois com certeza).
Como aponta sempre para o ultimo minuto, hoje teve azar, um sinal de transito fez com que o dito senhor se demorasse um pouquinho mais e chegou depois da hora de fecho.
Claro, escusado será dizer que por mais que o cliente tenha pedido para ser atendido!!!!!!!!!!!!!!!!!!


    Isto foi o nosso smile

quarta-feira, 23 de maio de 2012

carregamentos de telemóveis

Durante todos ao anos que nós carregámos telemóveis, só a TMN é que era carregado com o numero da referencia multibanco em vez do numero de telefone.
Quantas vezes tive algumas quezílias, porque o cliente afirma e teima, “ainda ontem carreguei aqui um e foi só preciso o numero de telefone!”.
Não adianta dar explicações porque para esse cliente nós pura e simplesmente estamos a “embirrar com ele”.

Há dois meses os carregamentos TMN começaram a ser feitos pelos números de telefone, e pensava eu, que acabavam os problemas (oh! Como eu estava tão enganadinha!).

Agora a cena é a seguinte: “ porque é que você é teimosa? Sempre carreguei com a referência porque é que consigo tem de ser diferente” 
Até já me chegaram a ameaçar! E nestas situações nem conseguimos explicar que as coisas mudaram, pois para isso temos de GRITAR BEM ALTO para que o cliente nos oiça.

Limito-me a abandonar o meu posto de trabalho por uns escaços momentos.

terça-feira, 22 de maio de 2012

nervoso miudinho

Isto de voltar à cidade, começa o nervoso miudinho a fervilhar nas veias. Porque será que os clientes não entendem que não adianta irritar-nos, fazer peixeiradas, etc. etc..
Se algo está mal no seu entender, só têm de se dirigir ao gestor de loja e expor a sua dúvida ou reclamação!!!!
Com os atendedores só faz com que o atendimento atrase mais que aquilo que está, nós perdemos o raciocínio, a serenidade, a simpatia, o bom humor, e tudo mais que se possa imaginar.
“Sabe Deus” o esforço que todos estamos a ter para diminuir as filas de espera, quantas vezes nem à casa de banho vamos ( e eu sei bem os problemas que depois esse acto me provocam).
Mas não!!!! É embirração mais embirração para com o atendedor.
Tem dias que a vontade é  mandar todos ………………

segunda-feira, 14 de maio de 2012

donas de casa

As mulheres da aldeia  também são bastante diferentes das da cidade. (continuo a dizer que há e sempre haverá excepções).
Estou a falar de donas de casa (as que frequentam a loja da aldeia claro).
Vão muitas vezes ao correio. Não têm a falta de tempo da cidade.
Dividem-se em dois tipos, as que trajam sempre uma bata ou avental, e as que se aprumam a rigor par sair de casa seja para beber um café, pagar uma conta ao correio ou sair para a cidade.
Com o seu ar muito compenetrado de Donas de Casa levam o dinheiro ou uma pequena carteirinha numa mão e o documento noutra. Sabem sempre a data limite de tudo e a hora e o dia exacto para as diversas tarefas (faz parte das suas funções, não pode escapar nada).São capazes de ir várias vezes ao correio nem que seja só para por um selo numa carta pela segunda ou terceira vez no dia.


Depois temos conversas deste género:
" Bom.... agora vim pagar a água e logo ás três horas venho carregar o telemóvel, Até já"
Ou
"Bem, o telefone está pago, era hoje o ultimo dia, amanhã  é a electricidade, venho logo assim que abrir pois não gosto de deixar tudo para ultimo".


quinta-feira, 10 de maio de 2012

lojas de aldeia

Como já referi noutra altura, eu não estou sempre na mesma loja.
Em lojas pequenas de aldeias torna-se uma seca porque passamos muito tempo a inventar que fazer, mas os clientes não têm nada a ver com os das cidades.
Não são tão prepotentes, agressivos e stressados. Têm uma humildade que até dói . Há clientes que tiram o chapéu quando entram na loja, com a cabeça cabisbaixa como na igreja. São educados e acatam as nossa directrizes. Não armam um pé de vento quando as coisas não podem ser como eles querem, passando-nos um atestado de burrice como se o nosso trabalho seja de auto-recriação e estamos a agir por capricho.
Enfim.... são uns amores. Não quer dizer que o cliente "tipo"  da aldeia não exista também na cidade e vice-versa. Mas por norma é assim que acontece.
Por isto tudo, agora que estou numa aldeia mão acontece muita coisa diferente no dia a dia, mas há sempre algo engraçado.

Hoje uma cliente foi pagar umas cobranças, e como de costume quando passa na loja fica sempre um bom bocado na conversa. Se for daqueles dias de absoluto tédio, eu até dou conversa para o relógio passa mais depressa.
Esta cliente, depois de estar a falar comigo quase uma hora diz-me.
"Bem tenho de ir embora, porque se estou mais de dez minutos em pé as minha pernas paralisam-se e depois não consigo andar".           

quarta-feira, 2 de maio de 2012

sorria, está a se atendido


  

Pois é! nem todos os clientes vêm mal dispostos.
Hoje tive um cliente que apesar de uma certa idade,  passou o tempo todo a brincar, dizendo coisas do tipo:
"Se a menina (é sempre engraçado ouvir isto quando somos quase avós)  não morrer vai durar até aos 100 anos."
"Fui a uma vidente que não era gorda nem magra, que me disse que quando eu morrer não vou para o cemitério ..... levam-me."
" não gosto do cartão de cidadão, não tem estado civil! Assim quando o mostro a uma rapariga ela não vê o meu estado civil e atira-se logo!"

Em tempo de crise, quando anda tudo stressado, mesmo piadas brejeiras, sabem bem ouvir, pois o nosso humor para com os clientes também varia, consoante o contagio destes.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

dinheiro para telefone



Um cliente dirigiu-se a uma colega e pediu para telefonar.
A atendedora explicou que tinha de deixar dinheiro para a chamada.

Cliente-posso deixar cinquenta cêntimos?
Atendedora- o mínimo é um euro. Olhe que a chamada cai quando acabar o dinheiro.
Cliente- mas a chamada não custa isso!
Atendedora- depois de fazer a chamada, vem buscar o seu troco.
Cliente-mas para que quer esse dinheiro todo? Como é que eu sei que não me vai enganar?
Atendedora-na própria cabine diz-lhe o que tem a receber no final da chamada.

Bem! depois desta "conversa de surdos", o cliente entregou uma moeda de dois euros mas quis um euro de troco pois não ia deixar dois porque não necessitava.
Foi posto o euro na cabine, o cliente começou a sua chamada, mas logo logo se dirigiu à atendedora com ar bastante ameaçador

-É a segunda vez me me faz isso, ouviu! Mas não torna a fazer, porque eu faço queixa de si. A próxima vez que me cortar a chamada quando estou a falar, vai-se a ver comigo. Vai ver quem goza com quem.

Claro que fomos verificar e o cliente tinha gasto o euro todo.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

quer saber ou sabe?

cliente-queria saber os três números do código postal
eu- 225
cliente- tem a certeza?
eu- sim. rua.............é o 225
cliente- mas eu pensava que era um cento e tal!
eu- mas não, é o 225.
cliente- mas esse é o que está na net!
eu- então! está a ver! tenho razão.
cliente- mas parece-me que era um cento e tal! eu é que já não me lembro qual é!
eu- pois está a fazer confusão, é o 225.
Houve uma pausa em que eu olhava para a cliente e ela não saia do meu balcão olhando para mim.
eu- deseja mais alguma coisa?
cliente- veja outra vez. pode-se ter enganado!
eu( verificando outra vez)- não me enganei é o 225.
cliente- mas o 225 é o da rua............tenho lá um irmão e é esse o código dele.
Verifico a outra rua.
eu- não! a rua.........é o 385.
cliente- mas eu tenho a certeza que a rua do meu irmão é o 225.
eu (já a ferver)- minha senhora, se não acredita no que lhe digo, use os que sabe! Agora dá-me licença para eu atender outra pessoa?

Com toda esta conversa, passarem-se 15mn.
não é que a cliente tirou nova senha e a mesma cena se repetiu minutos depois com outro colega? 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

parece anedota de louras!

Uma jovem dirigiu-se ao meu balcão e seguiu-se esta conversa:
-quero enviar uma encomenda.
-como?
-quero enviar uma encomenda!
-que encomenda? para onde? como?
-quero uma caixa!
-que caixa? qual o tamanho?
Só então me apresenta um pequeno saco de plástico com algo lá dentro, para a qual lhe forneci a embalagem indicando que tinha de escrever o remetente e destinatário, dizendo; escreve aqui nome e morada de quem manda, e aqui para onde vai.

O esquema das embalagens é este

NOME



ENDERESSO



CÓDIGO POSTAL


Quando a jovem me entrega o pacote olho para a morada e pergunto
Não pôs a terra para onde vai! e esta rua! não tem numero de porta nem andar?

RESPOSTA: Não perguntava aí!




quinta-feira, 12 de abril de 2012

o dinheiro



Eu sei que o dinheiro é das coisas mais porcas que nós podemos mexer.
Mas infelizmente quem lida com ele todos os dias, pode apanhar a sua dose de de bactéria , micróbios e muito mais.
Tem clientes que me entregam o dinheiro tão sujo, cheio de comida, cinza de cigarro, substancias peganhosas, mas o mais bizarro aconteceu hoje quando entrei na casa de banho e vi uma colega a lavar notas.
Não é coisa que nunca tenhamos feito. Todos nós de vez em quando temos de ter essa tarefa, pois temos vergonha de o passar a outros. Até notas cheias de sangue fresco já me calharam.
Mas desta vez a minha colega lavava as notas com sabonete e disse-me
"Acreditas que me acabaram de dar notas que andaram a limpar o rabo de alguém?"

segunda-feira, 9 de abril de 2012

regras

Mais uma vez as regras impostas pela empresa.
Mais uma vez contestadas fortemente pelos clientes.
Não é uma, nem duas, nem três.....são bastantes, as vezes que oiço este tipo de comentários em relação aos funcionários públicos:
-....não facilitou, foi intransigente,e não deixou, é que é a única maneira de se sentir importante. São uns pés rapados, uns frustrados, e a única maneira de se sentirem alguém com poder é tramar as pessoas que lhe estão à frente.
Eu não sou funcionária publica, mas sei que aos olhos da maioria do povo somos assim vistos.
Mas tanto na empresa para a qual trabalho, como nas do estado, temos regras e normas que nos são dadas.
Agora, como em todos os trabalhos, há os que cumprem e os que facilitam.
Só não entendo uma coisinha que me intriga bastante;
Se o funcionário não facilita cumprindo as regras criadas, é o frustrado, mau empregado, devia de dar o emprego a outro.
Se é facilitador e contorna as normas, é corrupto, facilita os amigos, e mais que nem me atrevo a dizer. Mas é realmente este segundo empregado, que o povo quer nos atendimentos públicos
.
SIM, PORQUE ESSE PODE SEMPRE SER-NOS ÚTIL EM ALGUMA OCASIÃO, NÃO NOS DIFICULTA A VIDA QUANDO NECESSITAMOS DE "ALGUM FAVOR"


segunda-feira, 2 de abril de 2012

atendedor robot



Estava eu a beber o meu café numa tarde de Domingo quando os meus sentidos se puseram em alerta depois de ouvir numa mesa atrás as palavras "empregada, correios, fumar" etc.
Então a conversa era a seguinte:
Uma cliente da nossa loja comentava que estava uma fila enorme (o que é normal) e que resolveu  ir até ao café do lado enquanto aguardava a sua senha ser chamada.
Esta cliente estava então indignada porque um empregado estava sentadinho no dito café a ler o jornal com uma chávena de café à sua frente. depois de um bocado esse dito empregado levantou-se e foi embora.
O que mais indignou ainda a cliente, foi que quando passou para se dirigir à loja, o mesmo empregado encontrava-se a fumar um cigarro na porta das traseiras o que é inadmissível.
A conversa prolongou-se  durante mais algum tempo atá a senhora se aperceber que era eu que estava na mesa em frente.
Levantei-me e saí apenas cumprimentando a cliente, mas a minha vontade foi de responder à letra.
Esse empregado que a senhora tanto criticava estava num horário de entrar às 10.00h e isto passou-se por volta das 9.30h.
Mas infelizmente um atendedor perante os olhares dos clientes é um robot, não pode se levantar para satisfazer necessidades básicas, quanto mais estar no seu tempo de laser perto do emprego. Para estar ali é para ir trabalhar!

terça-feira, 27 de março de 2012

cliente coerente

Hoje atendi um cliente na hora do almoço que trazia seis cartas para registar, e uma encomenda para o estrangeiro.
Depois de me entregar tudo e dizer o que queria, eu entreguei-lhe os respectivos impressos  para os serviços pedidos.
 Quando eu lhe digo que se deve desviar um pouco para poder continuar a atender, o cliente fica um tanto nervoso e exalta-se um bocado e diz-me;
- Eu estou na minha hora de almoço não é! Tenho de preencher isto tudo e agora quer atender outras pessoas no meu lugar!
-E o que deseja o sr?
O cliente continuava a insistir:
Estou na minha hora de almoço, tenho de me despachar.
Mas quando eu disse ou cliente:
Mas eu não lhe posso preencher os papeis nem ficar à espera que tenha tudo tratado para eu começar a trabalhar, isso só vai fazer com que as outras pessoas que estão na fila, também na sua hora de almoço como o sr, se atrasem mais!

Foi então que o cliente ao contrário do costume  me pediu desculpa e deu razão. Mesmo depois de ser atendido me pediu desculpa pelo seu comportamento inicial.
Claro que mediante a educação do cliente, comecei a atende-lo antes de ele ter terminado os seus papeis.
Como o escritor Paulo Balreira Guerra diz e muito sabiamente

quinta-feira, 22 de março de 2012

gravador

As vezes que eu por dia digo a frase:
Assine-me aqui como tem no seu bilhete de identidade e mostre-me o seu bilhete de identidade.
Devia de arranjar um gravador.
Ou melhor, nas lojas, no placar electrónico de senhas ,no meio da publicidade, ou em vez daquela campainha irritante, deveria aparecer esta informação.Como quando se liga para alguns call center, que vão logo avisando que tem de se ter o numero de cliente à mão ou a factura, para não se perder tempo. Assim, talvez as pessoas se lembrassem de o fazer atempadamente, em vez de ser no momento de ser atendido. Os tempos de espera diminuiriam significativamente.

dona ou menina

Uma jovem vem ao meu balcão para levantar uma carta registada, entrega-me o aviso de entrega e eu lendo-o pergunto: é a Dona Cristina?
Logo a jovem responde-me: Dona não, menina! Sou menina está bem?
Com o seu cartão único na vão verifico que a jovem tem 28 anos.
Eu questiono-me! As mulheres solteiras eram tituladas de meninas porque se deduzia que eram virgens, depois de casadas passavam a estatuto de donas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



terça-feira, 13 de março de 2012

calma......muita calma

Hoje, chegou uma senhora ao meu balcão, (casa cheia para variar) e entregou-me um envelope grande para enviar para o Brasil. Depois de lhe dizer o preço (mais ou menos 10€) procurou numa carteirinha todos os trocos que tinha. Ao fim de algum tempo e muita contagem arranjou o dinheiro que lhe pedi.
Logo de seguida entrega-me outro idêntico mas mais pequeno. Todo o ritual foi repetido entrando em cena outra carteirinha.
Depois do pagamento deste segundo envelope de novo um terceiro em cima do balcão.
Escusado será dizer que o ritual se repetiu desta vez procurando trocos no fundo da mala, mas lá me arranjou o pedido.
Já eu contava até 100 para não perder a calma (sim porque só até 10 não chegava), não é que sai ainda um quarto envelope!
Não me contive e tive de perguntar: mas estão a nascer envelopes? Quantos mais tem?
Não sei se para minha sorte ou meu azar, era o ultimo, mas o ritual foi igual, conseguindo desencantar trocos nos bolsos das calças.
Resumindo: o que poderia ter sido feito em menos de cinco minutos demorou mais de vinte.
  

segunda-feira, 12 de março de 2012

arranje-me só um envelope para eu ir escrevendo.

Cliente dirige-se a um balcão e pede:
"Pode arranjar-me um envelope que eu vou escrevendo para adiantar serviço?"
Atendedor:
"Tem de aguardar a sua vez por favor"

Ó Diabo!!!!! O que lhe foram dizer!!!!
Claro que o atendedor é logo enxovalhado passando a antipático no mínimo.

Eu pergunto:
Porque é que os clientes não respeitam as informações que lhes dão?
Não acham que se as normas existem por alguma razão é?

Quantas vezes o cliente leva o tal envelope, "só para adiantar" e depois o envio faz-se  noutro balcão, "como quem não quer a coisa", e mais uma vez, o atendedor simpático que lhe disponibilizou o dito envelope, tem de entrar do seu bolso com o valor que alguém usufruiu mas não se deu ao trabalho de dizer a outro atendedor alheio ao que se passou anteriormente, que tinha de o pagar.

Pois é! se fosse este cliente que tivesse sempre a pagar material para os outros, de certeza que também deixava de ser otário 

segunda-feira, 5 de março de 2012

pragas

Uma cigana dirigiu-se a um colega meu e pediu-lhe para preencher o impresso de transferência de dinheiros. Depois de o meu colega se ter recusado, veio ao meu balcão com o mesmo pedido.
Recusei dizendo que não podemos preencher documentos mas para pedir a alguém que se encontrava na sala.
É então que  que a mulher se vira para nós e diz.


Deus é pai e vai-vos castigar.
Vão ter um acidente e ficar todos aos pedacinhos. 

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Esquizofrenia !!!!?????!?!?!?

Um cliente daqueles com bastante falta de educação, não sabe a máxima "quando um burro fala o outro  baixa as orelhas" interrompe-me o atendimento a outro cliente para me pedir que lhe troque dinheiro pois quer comprar um selo na maquina.
Eu digo-lhe que me leva o mesmo tempo fazer um troco como vender o  selo.
Novamente interrompe para dizer "então venda-me o selo", ao que lhe respondo se sabe quantas pessoas estão na fila para comprar só um selo ou um envelope.
Mediante isto o cliente desata a ofender-me com "filha da p..." vai-te f.." vái para o c.."  e o mais que possam imaginar
É então que o gerente de loja chama o senhor para saber o que se passa, para o calar troca-lhe o dinheiro e por fim o dito senhor diz:

"Desculpe o que se passou aqui mas é porque eu sou esquizofrénico" 


terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

o livro de reclamações por favor.

Agora está na moda o livro de reclamações."Por dá cá aquela palha", pede-se o dito cujo

Hoje um cliente veio levantar um ems em nome de uma empresa.
Disse-lhe que tinha de trazer a certidão da empresa para ver como é que obriga e tinha de ser assinado como tal. O cliente pede logo o livro de reclamações.
 Será que se eu entregar esse mesmo objecto a uma pessoa qualquer apenas acreditando que  é responsável pela mesma sem qualquer garantia o dito senhor fica muito contente?

Eu gostaria de ver essas pessoas que fazem reclamação, por não concordarem com as normas, se também gostam que não façam caso das suas próprias regras nas suas empresas ou casas.
É que isto é o prato do dia, seja para empresas seja para particulares!!!!!!!!!!!!!


reclamação



segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

RSI

Hoje mais um dia de pagamento de

 Rendimento Social de Inserção - RSI

Todos os meses nesta altura lembro-me do filme "feios porcos e maus", claro que o filme era levado ao exagero,   mas que tem um fundo de realidade é verdade.
Em regiões pequenas quase todos se conhecem, e nós que pagamos estes subsidio sabemos bem que temos três tipos de situações: os iguais ao filme;  
                                   os que não têm necessidade nenhuma, antes pelo contrário, sabem bem como dar a volta ao sistema; 
                                   e por ultimo os humildes que fazem das tripas coração para conseguir chegar ao fim do mês com aquele pequeno subsidio.

 
Tenho pena que o nosso estado não invista em dar educação e princípios ao seu povo, para que todos possam trabalhar, produzir, e gerar riqueza para si e para o país.  
 Anda meio mundo a enganar o outro meio! 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

bi

Mais uma vez a identificação.
Uma cliente apresentou-me para identificação, um bilhete de identidade caducado há já 20 meses.
Quando eu lhe disse que estava caducado há bastante tempo, respondeu-me:
Eu já tenho o cartão de cidadão, mas está em casa, comigo trago sempre este.
Eu perguntei: mas porque é  que não está furado?
Resposta: Porque, como eu não gosto do C.C., disse que o tinha perdido, assim não tive de o entregar.

        
                                                                         



   

     

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

dia de carnaval

Era uma vez, há muitos e muitos anos, uma linda princesa que trabalhava numa empresa, em que não era dada tolerância de ponto no dia de Carnaval.
Depois de pensar, pensar, pensar, a empresa chegou à triste conclusão, que só estava a perder dinheiro, pois pagava muito em despesas para manter as portas abertas, e os clientes não abundavam. Foi então que chamou os sindicatos e acordou esse dia ser dado para sempre como dia de folga em troca de outras cedências por parte dos trabalhadores.
Hoje, a linda princesa tem todos os anos o dia de Carnaval, assim como o dia 26 de Dezembro (únicos dias no ano, que a empresa oferece seus seus trabalhadores), porque está em acordo de empresa.

Assim como a empresa para a qual princesa trabalha, deve haver outras na mesma situação.

Apesar de não ser bem o caso agora mas foi em Dezembro, eu pergunto: Porque é que a comunicação social não se informa primeiro em vez de dar noticias  sensacionalistas. 

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

reclamações

Uma cliente dirigiu-se ao meu balcão e enquanto foi atendida muito reclamou e se queixou dos supermercados. 
Porque as promoções são só para enganar, vai-se lá e não há o que anunciam, os descontos são no cartão que é para nos fazer voltar lá noutro dia e gastar mais dinheiro, os descontos na gasolina dá depois descontos no supermercado o que faz que tenhamos de andar sempre de um lado para o outro, etc etc, e muito mais coisas que possam imaginar. 
Mesmo depois de ter sido atendida não me largava o balcão só com as suas queixas, até que eu tive de dizer à senhora que compreendia mas ela tinha de ir fazer a reclamação nos devidos lugares, ao que a senhora me pergunta:
-Porquê?
-Porque é lá que deve fazer a sua reclamação pois isto aqui é os correios.
A senhora responde então muito indignada.

Ora essa! Se eu no supermercado falo mal dos correios, porque é que aqui não posso falar mal do supermercado?   


   

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

tempos de espera

Principalmente em dias de pagamentos de vales, as nossas loja encontram-se sempre a abarrotar, mas o que mais me deixa stressada é que as pessoas reclamam, reclamam, reclamam, mas se formos nós a fazer a papinha toda melhor, não pensam que se trouxerem o trabalhinho de casa feito é meio caminho andado (como o código postal).
Sabem ler e escrever, mas querem que sejamos nós a preencher tudo, porque segundo elas: "têm mais prática", ou, "tenho medo de me enganar", ou ainda, " a minha letra é muito feia".
Mesmo as pessoas que não o sabem fazer têm de pedir fora dos balcões, senão pode-se imaginar quantos clientes atenderia-mos numa hora não é.Sim porque um boa parte dos nossos clientes não sabe ler nem escrever.
Isto sem falar das facturas que ainda vêem nos envelopes fechados e são abertos à nossa frente. os papelinhos e a caneta na mão (se não tiverem canetas há sempre em cima dos balcões) mas só são preenchidos e assinados quando são chamados.......enfim, um grande rol de situações que poderiam ser evitadas a prol da diminuição das filas de espera.

  

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

birras de crianças!

A atendedora chama a próxima senha, vem a cliente A
Logo se aproxima o cliente B dizendo: deixei passar a minha senha, estava distraído.
A atendedora diz então ao cliente B para aguardar um pouco, já o atende mas de momento tem uma cliente á frente.
Discussão entre os dois clientes:
A-(empurrando o cliente B) Desvie-se se faz favor.
B-(chegando-se mais para a frente da atendedora) Porquê? A sra é gorda?
A- Gorda eu quem está a ser gordo é o sr. (mais um encontrãozinho)
B- Oiça lá! não tenho medo de si, lá porque ocupa o balcão todo! não lhe tiro a vez! só estou à espera!
..............................................................................................................................................................
E assim continuaram enquanto a sra era atendida. Eu nem queria acreditar! pareciam duas crianças a embirrar uma com a outra!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

o ultimo cliente

Para contrariar o cliente que interrompe tudo e todos para pedir informações ou impressos, temos outro bastante irritante. O cliente que entra no ultimo minuto, a casa está cheia, é o ultimo para ser atendido e falta pelo menos meia hora. Este cliente espera o tempo necessário, e quando chega a sua vez é que pede os impressos para preencher com todo o vagar do mundo.
E o mais irritante disto tudo, é que este tipo de clientes é sempre o mesmo, sempre que têm de vir à loja, entram no ultimo minuto, não trazem nada preenchido e não fazem ideia de adiantar o trabalho enquanto esperam.
Para mim é a maior falta de respeito para com os outros.
















terça-feira, 31 de janeiro de 2012

impressos, informações

Detesto quando estou a atender um cliente e sou interrompida por outro cliente sem um pingo de educação, pedindo informações ou impressos. 
Sei que não necessita de estar à espera para isso, mas um pouco de educação nunca fez mal algum! Pode solicitar a minha atenção no intervalo entre clientes!
Hás vezes, estamos a contar uma quantia razoável de dinheiro (pagamentos ou recebimentos) e nem assim as pessoas evitam interromper seja para o que for!








sábado, 28 de janeiro de 2012

o reverso

Não posso só contar as coisas más que acontecem, porque também as há com finais felizes.
Uma vez ao fazer a minha caixa no final do dia, verifiquei um excesso de 200€.
Depois de uma luta árdua  consegui saber quem era a pessoa lesada. A sra não tinha telefone e foi através de um colega que consegui enviar o recado e numero de telefone para me contactar. Ao fim de uma semana ja eu me estava a preparar para entregar o dinheiro à empresa quando recebo o telefonema dela.

-A senhora contou o dinheiro que levou.
-Ó menina, eu não entendo nada deste dinheiro! (em geral as pessoas de mais idade recebem em euros mas contam sempre contos)
-Olhe, a senhora recebeu menos duzentos euros.
- E isso é quanto em contos?
-Minha senhora, não sei, não fiz as contas, mas a senhora ainda não deu por falta?
- Sabe eu quando cheguei  casa, escondi logo o dinheiro e ainda não tive coragem de contar, porque eu vim com a sensação que havia alguma coisa errada.
- Então por favor venha cá ter comigo que eu tenho o seu dinheiro.

A senhora voltou à loja três dias depois e levou-me uma dúzia de ovos caseiros.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Esta juventude!!!!!!!!!!!!

O mais caricato de tudo é que pessoas com uma certa idade que mal sabem ler e escrever, lêem as instruções nos impressos, tentam estar informadas minimamente dos assuntos que querem tratar, e acima  de tudo, PENSAM,  RACIOCINAM, enquanto que os jovens apenas lêem os sms e as postagens no facebook .
Alguns exemplos:

Cliente: queria enviar estas duas cartas para França.
Atendedor: 1.36€ por favor.
Cliente: tenho de pagar !!!!!!!!

Cliente entra com uma bicicleta nas mãos
- Queria enviar isto por favor.
-Tem de embrulhar a bicicleta e endereçá-la por favor.
-Mas como é que faço isso?
-Tente por exemplo aquele plástico com bolhinhas que se vende nas lojas de bricolage.E tem de colar uma etiqueta ou papel com os endereços do destinatário e remetente.
-Que chatice, além de perder tempo não tenho dinheiro para a embrulhar!  

-Queria enviar este fax.
-Tem de me preencher este impresso com nome do remetente e nome e numero de fax do destinatário.
-Não sei o numero no fax! É preciso?




quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

erros de caixa


Todas as pessoas que trabalham com dinheiro, mais tarde ou mais cedo têm um erros de contas, e quando alguém me diz eu nunca tive eu afirmo logo “não acredito”.
Nós, quando isso acontece, tentamos sempre descobrir onde e com quem foi o erro, e entramos em contacto com os lesados ou beneficiados.
Normalmente, isto acontece com idosos que nem sabem ao certo contar euros e não dão por nada, levem dinheiro a mais ou a menos.
Quando os contactamos ficam muito aflitos a mostrar-nos o dinheiro que ainda têm em seu poder e justificando a falta de algum.
Realmente são pessoas muito humildes que quando acontece levar dinheiro a menos, ou não dão por nada, ou nem têm coragem para ir no dia seguinte reclamar, e se levarem a mais acontece o mesmo. Somos sempre nós a procurar a pessoa mesmo que tenham levado só metade da reforma
O que me deixa bastante triste, são pessoas cheias de esperteza, que no acto percebem que lhes estamos a dar dinheiro a mais e não dizem nada, porque se for ao contrário dizem logo, e sempre com um tom de que nós estávamos a fazer de propósito.
Com essas pessoas nem adiantam ir pedir, pois, se nos custa muito quando temos um erro de caixa e não damos com o gato, mais custa ainda, quando sabemos onde foi e a pessoa também sabe e não nos dá.

Há uns tempos uma pessoa que devia de levar 200€ levou 400€ e quando no final do dia a confrontei com a situação deu-me a seguinte resposta:
“Não sei! Tenho um baú para onde ponho o dinheiro todo, já juntei tudo, agora não sei. Se me provar eu dou-lhe o dinheiro assim não.”

Mais grave ainda, outra situação em que levou 100€ a mais.
“ Se não viu, visse na altura, agora é tarde. É assim, umas vezes perdemos nós outras vós.”

Será que estas pessoas não pensam que esse dinheiro nos faz falta e isso também é uma forma de roubo? 

domingo, 15 de janeiro de 2012

blá blá blá blá


Depois de atender um cliente, este começa a falar da crise, começa a explicar a situação em que o país se encontra, e remonta desde a primeira guerra mundial.
Ele falou das guerras, da ditadura, dos políticos pós 25 de Abril e dos de agora, dos nossos gestores….etc.etc.e tal.
Eu a ver o tempo a passar, os outros clientes quase que me fuzilavam com os olhos e o senhor continuava.
Comecei a tentar enviar recados aos meus colegas para me salvarem, e nada.
Até que por fim, depois de mais de meia hora, um colega se apercebeu da situação e chamou-me ao telefone.
Como não estou sempre na mesma loja, não conhecia este cliente, mas os meus colegas todos o conheciam, e pelos vistos é sempre assim cada vez que cá vem.
Penso ser daquelas pessoas que devem se sentir muito sozinhas e aproveitam qualquer coisa para conversar. Nós apanhamos muitos clientes destes, mas este em particular era demais.




quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

não é anedota!

A cliente chama-se Maria Joaquina Victória Magalhães Teodoro da Silva Espírito Santo Bettencourt (nome fictício, é claro).
Assina no bilhete de identidade o nome completo, quando se lhe pede a assinatura escreve primeiro e ultimo nome.
Atendedor:
-"a assinatura é como faz no BI"
-"mas é tão grande!"
-"Então faz mais pequeno no BI, assim já não necessita escrever tanto quando lhe pedem a assinatura."
-"Não posso! Sou de sangue azul!


 


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

dá sempre jeito

Pois é! Dá sempre jeito ter alguém na família com um grau de deficiência seja ele qual for.
Sei que muitas pessoas não concordam comigo, mas também sei que por norma quem atende público é da mesma opinião que eu.
Nas nossas lojas, até mais ou menos um ano, não havia prioridades para ninguém. Apesar disso não acontecer, nós tínhamos um certo cuidado quando víamos que alguém com dificuldade necessitava de uma atenção especial.
Claro que nessa altura não havia "nem pouco mais ou menos" as pessoas com deficiências que há agora todos os dias,  a tratar de assuntos que não são delas, e muitas vezes vêm acompanhadas(o que quer dizer que esse acompanhante poderia tratar de tudo).
Agora eu pergunto:
Quem é mais deficiente, o próprio doente, ou o familiar que o explora só para tomar vantagem em relação aos outros?

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

os atacadores

As crianças têm sempre umas saídas engraçadas.
Hoje uma cliente foi levantar uma encomenda com um volume considerável. Levava com ela a filha que aparentava mais ou menos 4, anos e que insistia com a mãe para ser ela a levar a dita encomenda para casa.
Perante o meu conselho de que seria melhor deixar a mãe levar pois ela é pequena e pode cair, a mesma respondeu-me prontamente:
"Não! Porque eu hoje não trago sapatos com atacadores!"






  







quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

está na minha vez

Cliente chega ao meu balcão barafustando muito que já está cansada de esperar. Depois de lhe entregar os impressos respectivos para o serviço pretendido, peço-lhe o favor de os preencher ao lado para eu atender outro/os cliente/es enquanto ela escreve.
Resposta: "agora estou na minha vez, enquanto eu não acabar não atende mais ninguém".
Levou quase 15 minutos, a minha colega do lado atendeu entretanto 3 clientes


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

eu e os outros, os outros e eu

Antes de mais quero desejar um óptimo ano para todos.

Uma situação que o blog da lupa me foi útil, foi quando ela se referiu ao facto de as pessoas deixarem os carrinhos na caixa e fazerem o resto das compras.
Devo confessar que já me aconteceu quando vejo algo no carrinho da cliente da frente, me lembrar de algo que esqueci, e vou busca.
A partir de então não mais o fiz, pois não quero ser comparada aos “chicos espertos”  que o fazem por opção.
Mas deu para eu ver que nem sempre as pessoas o fazem com consciência daquilo que estão a fazer.
Isto também se aplica aos clientes que eu atendo. Apesar de algumas pessoas pensarem sempre que são mais espertas que as outras, também há as que o fazem sem qualquer intensão.
A partir de então tento não meter tudo no mesmo saco.